Painel do Leitor: professor Edson Joaquim dos Santos
Durante quatro anos, o atual professor de História, Edson Joaquim dos Santos, foi coordenador da biblioteca do Cotuca. Além de orientar e supervisionar projetos e ações para desenvolvimento da biblioteca, ele iniciou um projeto chamado Painel do Leitor. O objetivo do projeto era apresentar a experiência de leitura dos alunos, funcionários e professores do colégio, entrevistando-os e fazendo as publicações bimestralmente. O painel era impresso e exposto em murais espalhados pela escola.
A ideia de trazer o Painel do Leitor ao Conexão Cotuca veio do atual coordenador da biblioteca, André Pasti, que acredita que o projeto deve ser mantido e ganhar ainda mais visibilidade.
Para a primeira edição do Painel do Leitor, pedimos ao professor Edson que falasse um pouco sua experiência como leitor, fazendo indicações aos leitores do Conexão Cotuca.
O que anda lendo, professor Edson?
Apesar de não ter o costume de ler durante sua infância e adolescência – pois era mais interessado em futebol – o professor Edson passou a ter um apreço pelos livros no fim do Ensino Médio, por influência de bons professores. A partir de então, ele começou a ler bastante, e hoje está sempre insatisfeito, pensando que lê menos do que deveria (ou deseja).
Por ser formado em História, seus livros preferidos vêm de um historiador que, de acordo com Edson, consegue expressar seu conhecimento em talentos narrativos. É o britânico Eric Hobsbawm, cujas obras primas são “A Era das Revoluções” e “A Era dos Extremos” (ambos se encontram na biblioteca do Cotuca), livros que o professor sempre mantém à mão.

Para ele, não importa o país de origem do livro, mas sim a opinião de amigos leitores e críticas especializadas.
O professor fez então sua indicação aos alunos: “Li recentemente ‘Número Zero’, de Umberto Eco, e ‘Impérios do Mar’, de Roger Crowley. O primeiro faz uma crítica crua e direta ao papel manipulador e ordinário da imprensa e da grande mídia na sociedade contemporânea. O segundo é uma saborosa e detalhadíssima narrativa (quase uma saga!) das guerras pelo controle do mar Mediterrâneo entre cristãos (espanhóis) e muçulmanos (otomanos) durante o século XVI. Gostei muito!”