E-Sports: uma nova modalidade

Uma nova modalidade esportiva vem surgindo nos últimos anos, o e-sport. Trata-se de uma modalidade em que jogos são disputados apenas com um computador ou um console à frente dos jogadores. Há vários jogos, que podem  ser disputados individualmente (em que o oponente do jogador é o próprio computador) ou em equipes (de até cinco pessoas cada).

Apesar de não ser muito popularizado, atualmente há um grande público para essa modalidade, com campeonatos mundiais e generosas premiações. Como exemplo, temos o  jogo Counter-Strike GO (FPS desenvolvido pela Valve), que premiou a equipe campeã da Major League Gaming Columbus (Luminosity Gaming) com 500 mil dólares, e o jogo League of Legends (Moba desenvolvido pela Riot Games), que premiou a equipe campeã mundial (SKT Telecom T1) com 1 milhão de dólares. Com essa divulgação, diversas equipes de e-sports vêm surgindo para a disputa desses campeonatos em busca de premiações. Com o crescimento do público para essa modalidade, seus campeonatos mundiais se tornam tendência entre todas as faixas etárias e são ainda mais estimulantes devido às suas generosas premiações.

equipe-campeã
Equipe Campeã da MLG Luminosity Gaming
equipe-campeãEquipe Campeã de League of Legends SKT Telecom T1

Quem pensa que esses jogos são fáceis e apenas requerem ficar sentado numa cadeira se engana. É necessário um alto nível de reflexo, de estratégia e conhecimento do jogo, por isso são necessários treinamentos intensivos. As equipes grandes de e-sports possuem uma casa, chamada de Gaming House, para o treinamento que possui, na maioria das vezes, uma nutricionista, para regular a alimentação, e rotinas determinadas entre treinos, análise de jogos, horários de alimentação, descanso e até academia.

Com tantas organizações presentes, não é difícil ver que esse mercado vem crescendo, tanto para os jogadores, como para a comissão técnica. Sobre a possibilidade de se tornar um jogador profissional, Guilherme Pereira, aluno do terceiro ano de Eletroeletrônica, afirma: “já pensei, mas nunca tentei tornar isso real, pois acho que não teria tempo, nem a habilidade necessária. Com a popularização do e-sport, essa profissão só tende a crescer; os jogadores têm como profissão aquilo que provavelmente amam fazer”.

Muitas dificuldades ainda são encontradas pelos jogadores que desejam se tornar profissionais. Dentre os problemas, os mais comuns são o conflito com estudos (faculdade ou ensino médio), pois é necessário muito tempo e dedicação para se tornar profissional, e a falta de apoio da família, que costuma não reconhecer essa profissão. Recentemente, uma instituição de esportes convencionais, Santos FC, negociou com uma organização de e-sports, Dexterity Team, formando a Santos Dexterity. De acordo com o analista de marketing do Santos FC, a negociação foi um modo que o clube achou de se aproximar dos torcedores e praticantes do e-sport, para conhecer esse “novo mundo”.

Podemos notar a popularização olhando para a Gincana Solidária do Cotuca de 2015, que teve dois jogos online disputados (Counter-Strike GO e League of Legends), que foram recebidos com grande expectativa pelos alunos, lotando uma sala de aula para assistir à disputa. De acordo com Guilherme, os jogos trouxeram uma interação maior entre os alunos. Ele ainda completa: “achei realmente muito legal, não imaginava que algo como aquilo [a prova envolvendo e-sport] fosse possível em uma escola. Mesmo os que não jogavam acabaram participando da torcida”.

Há planos para inserir os e-sports nas Olimpíadas devido a essa popularização. Um abaixo-assinado virtual para isso, chamado Torch for Gaming, já conta com mais de 90 mil assinaturas de 214 países. Como argumento para essa inclusão, o Diretor Executivo do Gamer Institute, Daniel Grzelak, diz que, na visão dele, há nos Jogos Olímpicos modalidades mais esquisitas e menos importantes do que os games.

Quanto ao crescimento e popularização de e-sports, o aluno do terceiro ano de Informática Vinícius Yu, que  também jogou na gincana, diz: “ao longo dos últimos anos, percebi um crescimento enorme no mundo do e-sport. A cada torneio que passava, a quantidade de fãs aumentava. Isso vem possibilitando grandes investimentos em infraestrutura, tanto nos jogos, quanto nas competições, tornando os games cada vez mais acessíveis e destruindo cada vez mais a barreira entre os esportes tradicionais. Eu não me surpreenderia se em alguns anos seus campeonatos se tornassem eventos comparáveis a grandes torneios de esportes convencionais”.

5 Comentários

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Editorial – 3ª edição – Conexão Cotucaresponder
abril 16, 2016 em 12:04 AM

[…] a apresentação do Museu da Imagem e do Som, por Douglas Cardoso e Laura Olivato, os novos e-sports, por Lucas Costa, os embates entre Real Madrid e Barcelona que ultrapassam os limites do campo de […]

Paulo Pacittiresponder
abril 18, 2016 em 10:04 PM

Cadê o nick do lol? Quero add 🙁

André Pastiresponder
abril 18, 2016 em 11:04 PM

Muito bom, Grande! Adorei a matéria. E quais e-sports deveriam estar na Gincana e ainda não estão?

Lucas Costa de Oliveiraresponder
abril 18, 2016 em 11:04 PM
– Em resposta a: André Pasti

Devido ao tempo de duração de 3 dias da gincana acho que esses 2 são suficientes, uma vez que vários alunos jogam. Mas se fosse possível sugeriria Fifa ou Pes, jogos que acho muito divertido e que fariam sucesso, eu acho. Além de Dota2 que também possui vários jogadores no Cotuca.
O problema é o trabalho que dá organizar isso, ajudei a organizar ano passado e fiquei a manhã toda arrumando a sala e passando cabos, sem falar do trabalho pra instalar os jogos com a internet atual da escola.
Não descarto a possibilidade de mais e-sports na gincana, caso possua mais tempo de duração.

Lucas de Oliveira Nascimentoresponder
abril 18, 2016 em 11:04 PM

Muito Bom, esses games tem apresentado um expressivo crescimento, em especial o LoL em que a riot tenta buscar um jogo em que você não necessariamente gostaria de jogar mas simplesmente assistir assim como os jogos de futebol atualmente. Muito Boa a matéria ^^

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