Estágios do Cotuca

Uma importante etapa para a formação de profissionais na maioria dos colégios técnicos (entre eles, o Cotuca) é o estágio, um período no qual os alunos que acabaram de concluir uma preparação para um ofício passam a praticá-lo. A maior parte dos alunos do Cotuca passou, está passando, ou ainda passará por essa experiência. O estágio é um processo longo e desafiante do início ao fim, mas que, apesar disso, como afirmam vários ex-alunos, é extremamente recompensador.

 

Antes do Estágio

Um grande número de empresas busca os profissionais formados pelo Cotuca para suas seleções. Seu contato com o colégio faz com que, muitas vezes, os alunos já se interessem por elas mesmo antes de participar do estágio. Empresas como Dextra, Movile, Rhodiae Tetra Pak já promoveram palestras no colégio.
O coordenador de estágios do colégio, Paulo Victor, muitas vezes é um porta-voz para que essas empresas possam oferecer suas vagas aos alunos, como é o exemplo de Alexandre Cucatti, que conseguiu sua vaga de estágio em Mecatrônica no IBEC por intermédio do coordenador.

 

Processos de Seleção

Depois de pleitear a vaga de estágio, os candidatos passam por diversas formas de análise e de seleção. Guilhemar Caixeta, formado em Mecatrônica, impressionou-se com as etapas por que passou no processo seletivo da empresa comercial Eaton. Entre elas, houve simulações de marketing e de gestão empresarial, além de provas e entrevistas. Rafael Eiki, formado em Informática, também participou de processos parecidos. “Levaram em conta a capacidade técnica, o conhecimento de estruturas de dados e o perfil do estagiário, verificando sua afinidade com os valores da empresa. Para isso, foram feitas prova escrita e entrevista.”, afirma o estudante, que estagiou na Movile.

Graduação e outras atividades durante o estágio

Muitos desses estagiários passam em vestibulares de diferentes universidades e entram em cursos superiores durante o período de estágio. Para todos eles, isso foi um desafio. Victor Capone, que também fez estágio de Informática pela Movile, comenta:

“Foi difícil, eu fazia Ciência da Computação das 19h até as 23h na Unicamp e antes disso ficava na empresa até colegas meus da Unicamp saírem. Era muito cansativo. Principalmente porque lá [na Movile] eu trabalhava com fuso horário, tendo que muitas vezes acordar durante a noite para resolver problemas até mesmo em outros países. A rotina é possível, mas exige sacrifícios.

O estudante ainda recomenda a busca por uma alimentação saudável e exercícios nesse caso, pois essa rotina pode ser prejudicial à saúde.
Existe ainda o caso dos estudantes de enfermagem, que participam do estágio ainda durante as aulas, a partir do segundo ano, em locais como HC (Hospital das Clínicas) e Caism (Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher), e este faz parte da grade horária do curso técnico.

Espaço de trabalho e conclusão dos estágios

Mais do que a aplicação do aprendizado teórico, o estágio é uma maneira de se acostumar com ambientes corporativos e empresariais, podendo exigir do estudante desde conhecimentos específicos de sua formação até toda a abrangência desta, para que, por fim, o profissional esteja plenamente apto a entrar no mercado de trabalho, dispondo das ferramentas atualizadas exigidas por ele. É também uma maneira de certificar-se de que a área condiz com as expectativas do estudante e se ele deve continuar se dedicando no mesmo caminho ou tentar buscar algum tipo de mudança. Todos os estudantes aprendem muito e desfrutam da experiência da melhor forma possível.

“O estágio me ajudou muito a ver como é uma multinacional por dentro. O que mais me beneficiou foi ver a atuação de uma equipe de alta performance. Trabalhei com pessoas muito, mas muito boas no que fazem.“ – Guilhemar Caixeta (ex-aluno de Mecatrônica)

“Segui trabalhando na área de enfermagem e estou fazendo faculdade na mesma área. Isso tudo por causa do estágio, que me fez ver que era realmente isso que eu queria.” – Bruna Chiozone (ex-aluna de Enfermagem)

Com os avanços tecnológicos cada vez mais rápidos, a qualificação profissional se torna cada vez mais valorizada, juntamente com atitude, iniciativa e criatividade. O estágio é a parte dessa qualificação em que o aluno tem contato efetivo com a indústria e os meios de trabalho, além de inovações extremamente recentes, atualizando e modernizando sua formação.

“Continuei na área e o estágio influenciou nisso, pois eu vi que é algo de que realmente gosto. Na Movile, trabalhei mesmo na parte científica, com tecnologias desenvolvidas há 2, 3 anos atrás, aprendendo na marra e desenvolvendo coisas que ninguém havia feito ainda.” – Victor Capone (ex-aluno de Informática)

Devemos sempre lembrar, também, que o objetivo principal de todas as etapas de um curso técnico é o aprendizado. Não se deve buscar um estágio exclusivamente por sua remuneração ou suas facilidades, mas sim pela oportunidade de aprendizado que a vaga pode oferecer.

“Temos que entender que o estágio nada mais é que uma oportunidade de aprendizado, você está lá para aprender e deve manter o foco nisso. Se esse foco se perder, talvez seja uma boa ideia conversar com algum superior sobre isso.” – Alexandre Cucatti (ex-aluno de Mecatrônica)

“Minha dica para quem procura um estágio é olhar para as empresas não como apenas um local de trabalho, mas sim um ambiente com valores e cultura construídos por aqueles que ali trabalham. Assim, mais importante do que salário, é como você se identifica com os valores da empresa. Você consegue se motivar, sabendo que está em um lugar com as expectativas alinhadas com você e que permite um crescimento muito mais rápido.” – Rafael Eiki (ex-aluno de Informática)

Desde a escolha do local de trabalho até a conclusão do estágio, deve-se ter em mente que essa experiência é uma porta para muitas outras de mesma natureza. Por isso, o mais importante é estar em sintonia com os colegas e o ambiente de trabalho, para que o aprendizado e a construção da carreira sejam plenos e a vivência se torne a mais enriquecedora possível.

Para saber mais

Para mais dicas sobre estágio, acesse o item “Orientação de Estágios”, pela aba “Acadêmico”, na página do Cotuca.

3 Comentários

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Editorial – 3ª edição – Conexão Cotucaresponder
abril 16, 2016 em 12:04 AM

[…] Cotuca. Nesse sentido, Douglas Cardoso e Gabriel Collado discutem o trote; Júlio Moreira fala sobre os estágios; André Piau e Giovanna Batalha apresentam as novas propostas para a gincana 2016; […]

Paulo Pacittiresponder
abril 18, 2016 em 10:04 PM

Muito legal o comentário da Bruna, ex-aluna de informática. Concordo com a visão dela de estagiar para conhecer o ambiente de trabalho e carreira de determinada área

André Pastiresponder
abril 18, 2016 em 11:04 PM

Ótima matéria, parabéns Júlio! Muito legal ouvir os ex-alunos sobre a importância dos estágios…

Se tiver fôlego e vontade, acho que seria legal ter uma nova pauta, aprofundando questões levantadas ao final do texto – da avaliação dos alunos sobre os estágios: o que a empresa deve oferecer para que o aluno aproveite bem o estágio, e em quais experiências e casos o estágio não é proveitoso para os alunos.

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