Tão perto e tão longe

Chuvas, trovões, tempestades e relâmpagos. É possível gostar de algo que te dá medo? Talvez eu não goste do algo em si, e sim da sua consequência: ficar sem luz e sem qualquer meio de comunicação (sem energia elétrica, de fato). Mas não conheço nenhuma pessoa que, em sua sanidade, goste disso também.

Acho que o nosso mundo, com a tecnologia, se uniu com outros mundos distantes e isso é muito bom, mas estamos esquecendo de mundos vizinhos (e aqui não falo de mundos Terra, Vênus ou Marte. Digo mundos pessoais, como se fôssemos ilhas se conectando e esquecendo de uma ilha a um metro de distância).

Estamos sempre querendo ajudar e indo muito longe só para podermos falar que fomos muito longe e acabamos não ajudando alguém que está do nosso lado e passa por uma dificuldade às vezes muito pior do que pensamos ou vemos. O mundo está cheio de boas intenções, mas, muitas vezes, apenas um “olá” ou “queria te escutar”, vale muito.

Tecnologia. Por que somos tão dependentes dela? Ou melhor: porque estamos tão dependentes dela? Se formos colocar na ponta do lápis, veríamos que falamos mais com estranhos do que com primos e primas, até mesmo irmãos.

Somos dependentes da televisão, do computador, do celular, e isso nos faz mal. Qual o problema de, ao invés de assistir uma série, jogar um jogo ou bater um papo com alguém? O mundo deveria ficar de castigo da Internet! Falo isso parecendo que não me incluo, mas me incluo, e muito!

 
 

Imagem em destaque: Liniers

1 Comentário

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Aparecida Cleusa Batistaresponder
janeiro 25, 2017 em 07:01 PM

Muito pertinente seu artigo.A vida real pode ser muito mais emocionante que vida virtual.bjs

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